FRISOS DA MEMÓRIA...
Viveste numa aldeia tocada por sol ardente
Rebanhos de ovelhas adornavam a paisagem
As flores do campo abriam à tua passagem
À noite a lua oferecia-te um sorriso complacente
Nas madrugadas beijavas a neblina
Trajavas um robe de cetim cor de azeitona
Traçavas um espaço como se fosse a tua zona
Pela vida assim caminhaste, triste sina
Ouvias falar do mar como algo inalcançável
O charco onde lavavas os pés tornava-se assimilável
Tão enegrecida era a tua visão sobre o mundo
Regaste os pastos na mais agreste solidão
Morreste sobre horas contadas na escuridão
Levaste contigo o sorriso mais profundo