HÁ SEMPRE UM RIO...

Há sempre uma desgraça que pede apoio à bonança

Há sempre um grito que nos causa dor no peito

Há sempre um momento que se põe ao nosso jeito

Há sempre um rio que nos lava a cor da esperança

Há sempre um azar em busca da débil sorte

Há sempre um amor que no tempo desvanece

Há sempre outro amor que do primeiro se esquece

Há sempre uma vida que nos leva até à morte

Porque há sempre um rio, nosso espelho, nossa alma

Que desliza sublime em caudais de verde calma

Nasce em nós uma insigne vontade de viver

Calem-se as vozes do defeito e da derrota

Que de sofrimento já temos a nossa quota

Mergulhemos nas águas e voltemos a nascer

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 25/08/2013
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