Para que Serve Nossa Bagagem.

Os Entes Humanos que vêem à nosso plano afirmam todos que o poder está em nós e esta concordância não pode ser algo ignorado como mera coincidência de opiniões.

Devemos se não saber com certeza ao menos imaginar, que um Ser dotado da absoluta Sabedoria e Consciência absoluta, não tem criações incompletas. Um perfeito Ser não cria imperfeição logo, como imaginar não trazerem os seres vivos já em sua bagagem genética, mental e espiritual todo aquele necessário à sua passagem (jornada) por este universo em cada uma de suas manifestações? Mesmo nos seres irracionais isto ocorre sejam eles de maior ou menor poder de raciocínio, mamíferos ou não, trazem em sua bagagem o todo necessário à vida, logo seria incoerente tal pensamento ou conclusão. Não discuto a intensidade, a capacidade de percepção desta bagagem por cada um de nós racionais, é uma coisa individual (única) e depende da evolução cada um, alem de outros fatores tais como a vontade da busca pelo conhecimento, do maior ou menor intento usado nesta busca, da abertura mental para novas idéias e a capacidade de absorção de formas variadas de pensamento e raciocínio. Com certeza nós temos em potencial todas estas referências, a própria medicina já observou (há muito tempo), que não usamos nem um quinto de nossa capacidade mental, no entanto ainda nos é difícil aceitar tal coisa, que dentro de nós mesmos esteja tudo o que necessitamos.

Desta insegurança nascem os rituais que são, quando usados de forma correta, uma ponte entre o consciente e o inconsciente; entre o Céu e a Terra, não importando ai qual tipo de ritual é usado, mas sim a intenção com que é usado, o fervor dentro de cada um em sua prática e a sintonia adequada com as energias originadas destes rituais. Quando temos a ocorrência destes fatores, não importando em que ambiente, ocorre a ligação maior levando o Ser a uma compreensão (quase) impossível de ser expressa em palavras. Muitas incorreções na interpretação da doutrina nascem devido a isso, o discípulo na tentativa de transmitir as palavras do Mestre realça seu próprio entendimento, as suas impressões, o que não corresponde exatamente ao que o Mestre pretende transmitir.

Com base neste fato é sempre aconselhável que não se aceite pura e simplesmente as interpretações que nos são dadas como expoentes da Verdade, deve-se raciocinar acerca do que foi dito e ter-se sempre em mente que nós temos este poder (raciocínio), dado pelo Pai, para dele fazermos uso juntamente com nosso Livre Arbítrio, assim chegando a condição de harmonia com o mundo em que vivemos e com todo o universo que nos cerca.