ATÉ AMANHÃ...

As sinergias com o mundo são o meu toque de alvorada

Amplas, dissuasoras de males comuns

Como se para trás não tivessem sido sepultados outros dias

As palavras surgem como dicionário editado pela manhã

A vontade de abraçar confunde-se com o sabor de fruta fresca

O sol que brilha muda a cor dos olhos que se enfrentam

A chuva que cai chega a mim como flores desalinhadas do ramo

É uma força que o corpo já desesperançara ter

Cada expressão é um poema, cada poema um novo caminho

As futilidades são como pedras soltas que se ignoram

Mas cansam…

Os muros mentais da reciprocidade geram-me sorrisos

Como se habitassem em planetas por desbravar

Por isso falo sozinho

A alvorada já vai longe no tempo

Não preciso correr muito para sucumbir cansado

Basta sentir que os olhos só já têm o chão por companheiro

As palavras estão gastas

Até amanhã…

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 04/09/2013
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