Incôndita cume : o ato segundo

E o dia ainda não terminou. É o frágil, é o forte. É o disfarce da incondita cume. Testa franzida , olhar doloroso, triste e distante. Falas secas, talvez passado um pouco dos limites. Uma suficiência insatisfatória.

É algo mais forte do que meu próprio ser, meu próprio existir. Tudo se torna doentio, tudo o que vejo é completamente doentio.

E assim, meu ser se compadece. Desfalecência de uma alma insana, uma vontade incontrolável de nao sair da cama

Noites íngrimes e hostis, em cada lágrima uma dor incondizente. Um culpar o proprio ser constante. Um sorrir , raro e indiferente.

Nada sou, pois nada assim penso. Incapaz me torno de viver na incpacidade incorporada. Estima longe da homeostase. Evidente sol que nunca mais chega. Germinou no coraçao uma auto imagem depravada e vexatoria. Tenho vergonha de ser o que sou. Contamino gente, mentes, enveneno a mim a uma só talagada.

Se tento, me perco, incontento vivido contentamento. Envelheço e esqueço de existir. Um ser nao ser. Um coraçao doente.

Ja nao quero que assim aconteça. Um ir e vir de sangues incredulos. Um descredito de tudo aquilo que ousa tocar o lacre dos pulmoes.

Por vontade, da cama, nao me levanto. So o faço porque é preciso. Tudo o que faço espero a repulsa, so ela pulsa.

E quando eu menos merecer me ame, pois é quando mais preciso.

De voce preciso ate o ultimo suspiro!

Lilian Pagliuca
Enviado por Lilian Pagliuca em 04/09/2013
Reeditado em 04/09/2013
Código do texto: T4467042
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