NAS ENTRANHAS DO TEATRO

Nas entranhas do teatro transpareci.

Trouxe então o tempo, talento, e temi.

Nas entranhas do teatro transcenderam-se meus temores.

Tais terrores, tentáculos, tentações.

Trouxeram das entranhas do teatro, trovões.

Travei-me em tormento, atravessando as trevas do estranho.

Trapaças e trapiches. Tragédias e trambiques...

Nas entranhas do tirano.

Transformei, ultrapassei, traduzi.

E nas entranhas estranhas, transgredi.

Trafeguei, tropiquei, tanto fiz.

Num tênue tesão me atrevi.

No templo tentado, no estreito do tato...

Terminei a tempestade, o tiro da arte.

Entrei no retiro do ato, no fato, no parto...

Me retirei das entranhas do teatro.

Marise Marinho
Enviado por Marise Marinho em 09/09/2013
Reeditado em 15/11/2013
Código do texto: T4474245
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