NAS ENTRANHAS DO TEATRO
Nas entranhas do teatro transpareci.
Trouxe então o tempo, talento, e temi.
Nas entranhas do teatro transcenderam-se meus temores.
Tais terrores, tentáculos, tentações.
Trouxeram das entranhas do teatro, trovões.
Travei-me em tormento, atravessando as trevas do estranho.
Trapaças e trapiches. Tragédias e trambiques...
Nas entranhas do tirano.
Transformei, ultrapassei, traduzi.
E nas entranhas estranhas, transgredi.
Trafeguei, tropiquei, tanto fiz.
Num tênue tesão me atrevi.
No templo tentado, no estreito do tato...
Terminei a tempestade, o tiro da arte.
Entrei no retiro do ato, no fato, no parto...
Me retirei das entranhas do teatro.