Suplicas à ela

Esqueci-me, pois de retomar um segredo desvelado, quase revelado, esquecido, entregado ao acaso, suponho.

Esqueci-me de acordar hoje.

Vertentes me designam, em outrora, sentimentos de alacridade.

Outrora ponho-me diante do altar das relutantes armadilhas, das incontáveis minorias, das dores constantes.

Apelo, rezo, contemplo, experimento, procuro.

Certos momentos, de nós exige, paciência tamanha que só clamo pela "Nossa Senhora do Chá de Camomila!"

Vou respirar, por que é a única coisa certa, hoje, que sei que sou capaz.

Ainda tenho ar para respirar.

Talvez eu tenha esquecido realmente de abrir a janela, abrindo no entanto apenas as cortinas.

Talvez eu tenha me levantado do lado errado da cama.

Vestido os pensamentos do Avesso

Bebendo dos venenos mais sórdidos, por engano.

Atendido os desejos mais insanos

Incorporando atitudes degradantes

Já não sei mais.

Acordei sem saber que dia é hoje

Sem fazer planos, enganos!

Sem nada . Sem tudo.

Lilian Pagliuca
Enviado por Lilian Pagliuca em 26/09/2013
Reeditado em 20/02/2014
Código do texto: T4499331
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.