Sobre os Ataques de Tubarões em Pernambuco

A televisão apresenta rotineiramente notícias a respeito dos ataques de tubarões nas praias pernambucanas. Já se tornou algo “normal” na imprensa brasileira. Mas a questão é que isso não ocorre por puro interesse midiático. O problema é sério e antigo, o primeiro ataque ocorreu há vinte anos, e até hoje não foi encontrada uma solução definitiva para essa questão. Os poderes públicos municipais e estaduais respondem com ações paliativas, que surtem pouco efeito prático. Uma dessas ações é o barco que captura tubarões ao longo da orla da região metropolitana do Recife.

Usando um pouco do meu conhecimento técnico, acredito que a melhor solução seria a instalação de uma rede de aço inoxidável ao longo de toda a região, isso impediria o acesso de peixes de grande porte às praias utilizadas pelos banhistas. E, assim, o mar seria dividido em duas partes: a área segura e a área não segura. Essa rede seria sinalizada com boias que teriam cores fortes como, por exemplo, a cor vermelha ou amarela, ou então com lâmpadas de emergência impermeáveis e sustentáveis. Além disso, poderiam ser instaladas câmeras de filmagem à prova d’água na estrutura da rede, a fim de que seja possível a observação do comportamento desses peixes ao longo da orla.

Nesse sentido, ocorreria, ao mesmo tempo, um processo de proteção dos banhistas e também da promoção do estudo cientifico, e acadêmico, do comportamento desses peixes. Dessa forma, possivelmente cessariam as notícias tão tristes acerca de ataques de tubarões nessa região e, o mais importante, várias vidas humanas seriam preservadas. Pois acredito que o ser humano deve ser colocado sempre em primeiro plano em relação aos outros seres vivos, numa escala de hierarquia biológica e intelectual. E os poderes públicos precisam responder de uma forma mais eficaz aos anseios de uma maior segurança marítima da população pernambucana, e também dos turistas brasileiros e estrangeiros.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 01/10/2013
Reeditado em 01/10/2013
Código do texto: T4506698
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