AS PALAVRAS

Quanto tempo de vida me resta? Estarei aqui amanhã para presenciar novos fatos, novos atos? Poderei olhar mais uma vez nos olhos de quem amo e dizer que amo?

O que a vida me reserva? Estaria eu preocupada demais com o amanhã a ponto de não viver o agora? Ou preocupada de menos a ponto de não me dar ao trabalho de planejar o futuro?

Não tenho resposta alguma para essas perguntas, mas uma certeza me resta neste momento... a vida é curta... cheia de idas e vindas, porém, curta!

Preciso deixar um legado, e como fazê-lo senão por meio daquilo que é eterno? As palavras... sim... as palavras, capazes de revelar os mistérios mais íntimos de qualquer mortal. Os sentimentos, antes abstratos, deslizam suavemente por entre suas letras, suas sílabas e, a cada ponto final, registra-se na história um novo pensamento, uma nova convicção.