Natureza, um livro aberto


A mais forte das tempestades é, mesmo assim, impotente para por fim ao sol, ela apenas o consegue esconder de nós. A mais forte de nossas tempestades, é nada, frente a mais fraca das tempestades solares, e o sol, majestoso como só realiza seu existir em inimaginável quantidade de poderosas tormentas. Nem a noite, em seu mistério, beleza, e poder, consegue por fim ao sol. Mas mesmo o sol, em sua efusão de luz e gravidade, tem seus dias contados.
 
O sol quase que se perpetua, belo, forte, e majestoso, cortejado de súditos que o circulam, e assim segue, em si, indiferente a passageiras tempestades terrestres, solares ou mesmo em algum outro planeta seu. Não se abala também com os ciclos de noite e dia. O sol seria injusto por isto? Não. Apenas é ele, e toda a natureza, aético. Ele realiza sua existência de forma natural, democrática, independente dos valores humanos de bondade ou maldade, de justiça ou injustiça, de ética ou antiética.
 
O que isto pode nos ensinar? Para mim uma série de diferentes coisas. Somente o primeiro paragrafo já me mostra várias relações que posso fazer com o nosso viver. Mas cada um pode, ao seu critério, e se acreditar que valha a pena, pensar e se questionar, não somente sobre o sol e o sistema solar, mas sobre toda a imanente natureza. Pode ser que disto consigamos alguns ensinamentos, mas a decisão é pessoal, e a interpretação/aprendizado também o é, podemos quando muito trocar opiniões e discutir nossos aprendizados, mas cabe a cada um de nós construir nossa estrutura de conhecimentos, e é somente cada um de nós que pode aceitar, reforçar, alterar ou refutar sua rede de conhecimentos construídos, e de qualquer forma, é a curiosidade um ótimo começo.


 
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 14/10/2013
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