Cidadela
Perfura a alma a textura das paredes desbotadas trazendo memórias instáveis
e não há quaisquer quebras de silencio.
Deixai-me só furor!
Levai daqui o meu delírio, ela me deixou tão só
que meu raciocínio é um nó na garganta
e um aperto no peito sem dó e esperança
me perdi nessa dança e nesses lábios divinos
me perco em pensar como tu pensas
e olhos em ti se fazem violência ao coração
Vivo a procura de tu ó musa,eterna ternura!
e como não me respondes
sinto meu céu caindo
Ah coração ferido!
E diga-me por que tudo assim ?
meus vacilos imaturos se fazem infortúnio sem fim
Acordado e sonambulo, me pego fazendo planos sonhando
mergulho na penumbra do teu ser
te esclareço meus desejos
o sangue arde em alarde dessa falta sem preencher
passo a navegar em águas turvas e profundas
á procura das curvas dos seus lábios
pois meu amor por ti és de envaidecer
sentimento forte que faz enloquecer até os mais sábios
e sinto,por sentir tanto e não merecer tal encanto
me aconchego no meu canto,e deixo escorrer todo esse pranto
que me prende e rende sem conhecer a ela cidadela solidão.