Tolos sim, covardes jamais!

Ela veio lenta, sorrateira, disfarçada de melancolia.

Roubou alimento de cenas, imagens, lembranças, ideias.

Se instalou primeiramente nos pensamentos

Depois se tornou mais voraz

Dominou o corpo, a alma, o coração.

Não dá para explicar porque aconteceu.

Não houve um fato isolado ou um planejamento

Ela simplesmente chegou e se instalou.

Plantou dúvidas, levantou questões, jogou palavras ao vento.

À noite incomodou quem queria dormir.

Veio como quem não queria nada

Ficou escondida, usando vários nomes:

cansaço, preocupação, distração, hormônios.

Por fim sua cara apareceu e não era sorridente.

De mãos dadas com a irmã que alicerça seus humores

A tristeza fez e aconteceu.

Livrar-se dela é urgente

Mas aí entra uma prima distante cujo nome não se ousa dizer.

Prova maior do poder que exerce sobre estes pobres mortais

Tolos até sim, covardes? Jamais!

Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 21/10/2013
Código do texto: T4535337
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