Minha Liberdade
Eu já me fiz andorinha, joão-de-barro, beija-flor. Permaneço peregrino, construindo abrigos, semeador...
Busco a liberdade do céu. Mas não abro mão da segurança do chão.
Aprendi, desde muito cedo, a voar. Sou bom nisso. Mas, por vezes, tenho medo. Porque, mesmo no meu céu particular, há aves estranhas limitando meu espaço, representando perigo; algumas até de aço, e que nem batem as asas pra ganhar o horizonte.
Antes de voar, aprendi a andar. Também sou bom nisso. No entanto, no chão também há riscos: emboscadas; predadores; o desconhecido, logo ali.
Ainda assim, não consigo me furtar o encantamento do céu azul, do cheiro de terra, de caminhar e voar.