Oh, tempo.

Oh, tempo

Existe um vazio tão grande

Dentro do meu coração

Que às vezes chego a pensar

Que perdi a ilusão

O tempo, este velho tirano.

Que trabalha dia após dia

Sem férias, sem lazer.

Alimenta-se da vontade

De quem muito tem a fazer

Ah, tempo... dá um tempo

Para quem assim como tu

Só viveu para trabalhar

Não se deixou encantar com o neon

Das luzes de Paris

Pare tempo... Congele...

Pois idoso perde os sonhos

E não vai querer a ventura

De outros lugares conhecer

Preciso só de um tempo

Antes de me tornar senhorinha

Para brincar na chuva

Correr no fim do arco íris

Procurar tesouros

E, encontrar um príncipe.

Para dançar... sorrir...gargalhar

Beijar na boca

E caminhar tranquilamente

De mãos entrelaçadas

Embaixo dos eucaliptos

Sentar na beira da praia

E deixar a onda chegar

Preciso de um amor

Que preencha o meu ser

Deixe-me viver, oh, tempo.

Nada tens a perder

E eu preciso de tão pouco

Uns anos,... alguns meses

Talvez, somente um dia.

Oh, tempo, congele....

Flor do Córrego
Enviado por Flor do Córrego em 01/12/2013
Código do texto: T4593832
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