MENDIGOS...
Disse-me um mendigo que por mim passou
Sobre um 2013 de ódio e desespero
Outro como este juro que não quero
Gritando a sua raiva célere caminhou
Parou num caixote podre e devassado
Onde outras mãos já tinham colhido
Baixou a cabeça sentiu-se perdido
Recordou outros tempos, ficou irritado
Entramos em 2014 fracos e sem esperança
Sem Pátria, mas com sinais de matança
Erguem-se impiedosamente os nossos jazigos
Que merda de País que tais homens criou
Que comem à mesa o que a outros faltou
E que fabricam para amanhã os novos mendigos