SOBRE TEXTOS

Gosto de pensar que um texto só pertence a seu autor quando ainda não foi divulgado-publicado. Após isto, ele é também e principalmente de quem o lê: analisa, vive, sente, sorri ou chora, ama ou odeia à medida que segue as palavras.

Acho que o autor é possuidor de metade de seus escritos. A outra metade, ao leitor pertence.

Gosto de textos que me permitem captar a mensagem enviada pelo autor tanto quanto aquela que ele não pretendeu e minha imaginação me permitiu; também gosto de escrever para expressar algo e ao mesmo tempo, deixar uma “abertura” para que outras coisas sejam percebidas pelo texto; melhor ainda é quando escrevo sobre situações e nesta escrita eu expresso uma linha limítrofe onde os que lêem o texto possam se enveredar por outros caminhos que sua imaginação lhes permitir.

Principalmente por isso eu não coloco imagens para ilustrar meus textos. E quando o faço, deixo para meu “blog”, mais pessoal, mais intimista.

E foi no meu blog que apareceu uma situação que me deixou feliz: recebi o comentário de uma querida amiga a um texto que eu escrevera falando de duas pessoas. Ela entendeu que eu falava de um casal, no qual eu seria a parte feminina. Achei legal, pois realmente quis deixar “no ar do texto”, esta possibilidade.

Na verdade, falo no texto sobre pai & filho. Uma dupla que surgiu em minha vida pra me ensinar muita coisa. Quis deixar isto registrado hoje.