O amor é mantido por vínculos de gratidão


 
"O amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários". (Niccolo Maquiavel)
 
  O amor talvez não seja algo para se racionalizar, mas para se sentir e viver. Todavia o ser humano possui duas faculdades primordiais; razão e emoção. Digamos que a razão é é uma faculdade que serve para mensurar, calcular, analisar esquematicamente, enquanto a emoção é algo mais voltado para as impressões dos sentidos, paixões sensações. Algumas pessoas são mais impulsivas, vivem mais o que sentem no momento, outras são mais recatadas e gostam de refletir sobre suas paixões.
  Diante do supracitado, nos confronta Maquiavel. E se me permite quero deslocar essa frase do seu contexto e trazê-la para nossa reflexão. Será realmente que o amor é algo incondicional e que o indivíduo que é afetado por ele se vê irresistivelmente inclinado a gratidão ao seu objeto de amor? Em nossas vidas tomamos decisões, diz o adágio popular “a vida é feita de decisões”, no entanto, no percurso de nossas vidas podem ocorrer mudanças bruscas que não permitem que possamos levar adiante aquela promessa. E agora? Devemos enfrentar inexoravelmente as mudanças da vida em prol de nossas promessas, de um vínculo de gratidão? Ou devemos aceitar as vicissitudes da vida e romper quando não for mais viável?
  O amor sempre vem carregado de promessas de felicidades, e embora a vida seja uma caixinha de surpresas devemos olhar e afirmar a vida, seja na alegria ou na tristeza, na gratidão ou incertezas. Olhe para a vida é ergamos uma taça e brindemos meus caros amigos e inimigos. O amor como qualquer outro contrato formal pode se romper quando deixa de ser necessário, mas isso não impedirá de amarmos e acreditar que sem amor a humanidade viverá uma barbárie. Como disse o poeta: “que seja eterno enquanto dure”.