Causa e efeito

Quando nós resolvemos entrar na vida de alguém, é como uma porta que se abre a novos horizontes; um caminho que decidimos seguir sem conhecimento algum de onde ele pode chegar. E quando abrimos a porta e seguimos o caminho já se finda mais um momento que estávamos vivenciando e logo vem outro momento.

As ações que praticamos se dividem: umas ficam guardadas para uso futuro, outras servem para usufruto no presente e outras, servem para nos mostrar que no jardim das atitudes erradas há ervas daninhas para serem arrancadas. Será que há uma percepção disso? Talvez. Mas a lei de causa e efeito não brinca, nunca.

Vem novos aprendizados, novas dores, novas emoções, um novo tudo, mesmo que não nos desprendamos do que já somos a partir do que criamos. O quebra cabeça sempre faltará mais uma peça, diferente, pois igual não se encaixará. Uma vez que, todos os instantes são criados para lembranças futuras. E há uma forte vontade variável de querer escolher quem vai ficar nessas lembranças, e o que irá ficar. No entanto, não há controle total de como fazer isso, tem que haver um equilíbrio.

São bem vindos os frutos bons, sempre e os ruins são resultados das más escolhas que fizemos no pretérito. E quem não sabe disso? Só quem não valoriza a vida e não deseja saber. Quem se lembra de não se esquecer disso? Há sempre uma escolha. Sempre terá, com frequência. Às vezes, só bem mais tarde é que essas escolhas farão efeito.

Esta lei é perfeita e é muito eficiente. O que nós queremos colecionar das consequências? O que plantamos foi de forma consciente? Não! Grande parte não, senão, não viriam tantos porquês. Que tipo de sentimento causamos nas pessoas ou queremos causar? Ninguém está se vendo atuar. Pensamentos existem antes de um agir, mas quem pensa? Será que valorizamos mesmo o que as pessoas de fato sentem por nós e o que de fato sentimentos por elas? O que arrecadar disso? Será que nos importamos com as palavras, por vezes, cheias de poder, quando abrimos a boca para expulsá-las? São muitos questionamentos que não sabem ser respondidos há séculos. Já que não são praticados com frequência. Por isso, os efeitos.

Há uma matança de energia que poderia ser usada de forma mais saudável, eficaz, certeira. E quem sabe usar a energia que têm? Quando a dor se alastra vem os efeitos das possíveis causas. Às vezes, a dor é para acalmar a tempestade que geramos, aí surgem os escombros do resultado da ação. É um sinal de que algo aconteceu e deveria ter acontecido porque houve uma causa. Talvez parta logo, ou então, sirva para fortalecer aquela parte tão sensível que deixamos a desejar. Tão vulnerável e que só mais tarde percebemos. É notada pelos buracos que deixamos sem querer o restaurar.

Eu acredito que só uma pessoa pode ajudar outra a melhorar, ofertar tudo o que ela sempre precisou, do que muitas outras, que se assemelham a carroças vazias; elas fazem barulho demais sem qualquer conteúdo por dentro. Se há amor, há cura. O amor cura tudo, só que em prestação, certeza absoluta! E mesmo até o que não sabemos que tínhamos para curar. Além disso, nos dá uma sensação de leveza. E enquanto não houver alguém que doe seu amor, de livre e espontânea vontade, sem exigir nada em troca, simplesmente verdadeiro, não haverá melhoras nos corações que se fecharam de vez e que tem medo de se abrir.

Degustam os efeitos das causas cometidas sem qualquer uso de interrogações para saber o porquê de tanta dor. Agiram lá atrás e agora reclamam, sem se autoavaliar. Sem fazer uma reflexão do erro feito por si mesmo.

Os efeitos serão dolorosos, mais tarde, quando uma porta não se abre. Há muito medo aglomerado do desconhecido. Os malefícios alimentam almas que se confinam assim. Os orgulhosos e egoístas são os mais carentes de amor, visto que, fazem barulho para chamar atenção, dizem saber de tudo, que não precisam de nada, no entanto estes enganam a si mesmo. Sem humildade não chegarão a lugar algum.

Uma semente de esperança é plantada, todos os dias, para pessoas assim. Há sempre alguém olhando por elas. Nem imaginam que, o calor que sentem e o alívio das dores podem ser energias doadas com amor de outrem. E estes que fazem as tais ações caridosas, já que amam sinceramente, fazem de coração. Só assim, a bondade que existe nelas vão querer sair e, vão querer ganhar vida.

Há esperança de que tudo mude para melhor desde que o amor seja a causa primária de todas as ações.

Acha difícil? E quem disse que é fácil? Não é, e não podemos esquecer que todo sofrimento é o resultado das causas, mas são para nos fortalecer de forma a nos fazer pensar que evoluiremos aceitando os machucados que nós mesmos inventamos.

Belly Regina
Enviado por Belly Regina em 24/01/2014
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