Quanto importante somos para nós mesmos?
     Vivo me fazendo esta pergunta e nunca consigo responder, talvez por medo da resposta ser que não me considero importante pra mim, por medo de estar sendo egoísta, por medo da risada alheia, pelo julgamento, pela minha imaturidade... Sei lá.
     Cansei de julgar cada movimento que dou, seja para frente ou para trás. O que importa a direção ou os sentimentos? O que importa se está certo ou errado?
     O que realmente importa é a minha verdade, meu interior, minha integridade. 
     Não posso continuar seguindo as linhas escritas pelos outros, quero escrever minha própria novela, viver meu próprio filme. 
     Que ele seja comédia quando quiser sorrir, que seja guerra quando quiser brigar, de luta quando for por meus ideais, que ele seja romance quando quiser me enamorar...
     Tantas vezes tentei chutar o balde e não tive coragem por saber que poderia respingar água nas pessoas mais próximas e por culpa deixei de me arriscar... deixei de crescer o que é pior.
     Entrei em muitas portas erradas não por mim, mas, pelos outros... para não magoar. Afinal quem magoa quem? Sou eu que magôo ou o outro que se deixa magoar? Pergunto ao meu coração, porque se olhar a coisa bem de perto, posso ver que todas as vezes que me magoaram foi porque permitir que meus pensamentos me julgassem primeiro. Toda a tortura psicológica que sofri na vida, foi imposta por mim. 
     Quantas vezes nos permitimos dormir e acordar com o mesmo problema na cabeça? Vamos deitar para esquecer e nada. Quantos já não se afundaram na bebida para entorpecer a mente e esquecer a vida e nada... quando acordamos, lá está o pequeno levado (o problema) esperando o despertador tocar para nos deliciar com um sonoro “bom dia!”.
     E por aí vai nossa vida, cheia de conflitos que criamos, cheias de topadas, curvas perigosas que podem nos fazer despencar do penhasco (infelizmente esquecemos que temos asas - risos) e todos os pequenos tijolos que colocamos em nosso caminho.
     Não quero mais seguir este caminho, por isso escolho criar minha vida daqui pra frente. Quero ser feliz, quero sorrir de meus próprios erros, quero papiar assuntos sem importância, quero seguir com Deus em meu coração, quero uma velhice tranqüila e com cadeira de balanço, quero tomar posse de quem eu sou!!!
     Não pensem que estou com raiva, não mesmo!!! Estou tranqüila, porque me libertei. Feliz por poder me encontrar sem ter medo dos espelhos, aprendendo a me amar... coisa que nunca tive coragem de fazer, entendendo que não posso mudar o mundo, só posso mudar a mim!