“Em mim há uma infinidade de recortes, mas não sou arte para ser apreciada com pressa; sou feita de detalhes antigos (...), um museu com horário pra fechar.”
Fábio de Melo – Livro: Mulheres de Aço e de Flores
 
Onde nos separamos ou, nos perdemos um do outro?
Geralmente a resposta está nos constantes desencontros de opiniões, desentendimento moral e físico ou brigas feiosas.
Em nosso caso nos separamos por amor. Ainda não sei qual o lado que mais prevaleceu, mas sei que de puro amor, delicado amor.
Dizia de sua inteligência além do tempo futurista e brincava com palavras soltas de uma boneca, além de “Bolas Tontas e Leleu”, muitíssimo delicado e elaborado.
O  que nos separou foi o tempo em não esperar a passagem dos turbilhões e, das dores; o tempo colocou limites e medo.
O tempo é um grande culpado!
Asilou o amor em próprio coração e não nos mostrou mais o sol da liberdade e da felicidade.
Coisas pequenas e de grande importância foram colocadas ao longe e, dando passagem ao passado que mesmo duro, bem conhecíamos e estávamos acostumados. Desta experiência transcendental cada um voltou para o que era mais fácil ou, pelo sim, ou, pelo não, achava melhor.
Voltamos para os esconderijos de onde se sabe de sua tristeza e das lágrimas que ela um dia vai conseguir transbordar em oceano.
Imagine um reinado sem rei, um castelo sem princesa e, um jardim sem flores.
Para este mundo voltamos.
 
 
 
Helisana Rodrigues
Enviado por Helisana Rodrigues em 18/02/2014
Reeditado em 19/02/2014
Código do texto: T4696973
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