Sementes ao vento

E de repente vieram as sementes de dentes-de-leão, e ele sentiu inveja delas. Tão leves, tão delicadas, mas ao mesmo tempo tão livres, capazes de colonizar um planeta inteiro navegando milhas ao sabor do vento, germinando tanto nas férteis margens dos rios como nas áridas areias do deserto.

E como seria bom, por um instante sequer, se transformar em um daqueles pequenos pedaços de nuvem! E cair em terras secas, transformando-as em campos verdes cheios de flores amarelas, e servir seu néctar as criaturas de Deus, para produziram o mais doce mel.

Ah, se esses minúsculos grãos de vida soubessem que, mesmo com sua simplicidade, ainda há homens que se admiram e se entristecem com sua beleza.

Luciano Silva Vieira
Enviado por Luciano Silva Vieira em 21/02/2014
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