ESPERA

Vida! Vida minha que passa lenta, sonolenta...e o pensamento foge

ao passado, galopando como um cavalo resplandescente!

Sem chão, sem terra, sem relva...trazendo de volta, num relâmpago,

rastros de tristeza ou de saudade.

Vida! Vida tua!que só a ti pertence.

Da qual posso fazer parte como alguma tela de arte, ponto de interrogação.

Espero! Solta ao léu para o que aconteça.

Sou pedra? Sou água?

-Sou gente. Não mais inocente e nem permanente.

Sou apenas uma mulher. Um corpo em mutação, que o tempo se encarregará de levar, para algum lugar.

Estou entregue ao tempo, ao vento...,ao pensamento.

Enquanto existir.