UMA MÃO CHEIA DE NADA...
Um corpo vestido e uma mente enchapelada
Rios lamacentos encobertos pelos adornos
Palavras insípidas que cabem dentro de fornos
Como tempestade de raios que varre toda a manada
Altas voltagens que de muito têm pouco
Risos histéricos sobre histórias de mau gosto
Traços sem cor que atravessam todo o rosto
Brados mesquinhos neste mundo falso e louco
Conclusões débeis sem solução à vista
Fugas à verdade evocando ser absentista
É o retrato de seres que atacam pela calada
Vagueiam por chãos sorrindo à morte da vida
Mergulhadas numa angústia doída
Guardando em si uma mão cheia de nada