JUNTOS, NO TERRITÓRIO DA SAUDADE

NA MANHÃ DE 31 DE MARÇO DE 2014

A gente pactua e entra junto no território da saudade. A gente recria a comunhão mágica e sonha, acordado e juntos, que voltamos no tempo. A gente abdica do presente e elimina a distância, todas as distâncias. A gente se diz as coisas do tempo da esperança. A gente dorme, cada um no próprio mundo, carregando na alma o sonho quente ainda de tanta vida, a vida plena de vida do sonho antigo...

A gente acorda de manhã. A gente acorda... A vida, ai, a vida já retomou sua cara normal, sua cara de todos os dias... sua cara, ai, esta cara. Esta cara sem sorriso sequer virtual. Esta cara sem Lua e sem Sol. Onde as longínquas invisíveis estrelas do Outro Céu?

A Queda no imediato real. Não há palavra nem silêncio capazes de dizer dessa Dor. O melhor a fazer é tentar não voar mais, fixar os pés e a alma neste chão sem sonhos nenhuns. A questão é: como sobreviver a isso? Como sobreviver neste chão sem sonhos nenhuns? Sem nenhuma invenção de sonho, sequer pela palavra? Não posso tal, que isso seria viver,todo o tempo, em estado cotidiano de morte. Melhor morrer de sonhar, nem que seja de sonho só invenção do sonho do sonho de sonhar.

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Todo o amor de amiga-irmã no comentário de Arana:

Arana do Cerrado:

A cara do dia desperta mais cedo só pra espreitar toda a dor orvalhada...os olhos da Vida madrugam pra despistar a escuridão, pra testemunharem as securas do chão onde vamos pisar; depois o tempo ri inocente, precisa rir de nossa pequenez diante do medo e das fraquezas que nos rondam...perdão se mastigo as palavras assim, famintas de amor querida minha, perdão se não adoço, se não derramo aqui em seu cantinho essências perfumosas.....o dia está findando e não colhi nacos de Sol....perdão querida!!!Beijos, amor, arana

Perdão? Eu te agradeço,fundo, querida.

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