O sabor agridoce do desmaio, embaixo da caramboleira

Em algumas estradas, eu pude ver o vermelho do sol

se transformar em flocos de cores infinitas.

Os homens voltarem pra casa de mãos vazias

a duvidarem do céu límpido que os cobria a pele crespa.

Em algumas estradas, furei meus pés ao tentar caminhar

por metros e metros em direção do que viesse , pelo tempo

que parava a cada pausa para eu respirar .

Vi muitos mitos se desvendarem quando boiei meu pensamento

Errei muitas pedras que atirei, na direção das comadres da natureza

Que de revide me mandava chuva pra lavar o rosto

Caía carambolas em minha cabeça , quando me abrigava na sombra

a boca seca a transbordar a saliva a cada mordida

Suas flores brancas e purpúreas, margeiam os caroços no chão

Numa breve parada , antes de retomar a procura de um caminho

no breu de algumas estradas.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 03/04/2014
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