O sabor agridoce do desmaio, embaixo da caramboleira
Em algumas estradas, eu pude ver o vermelho do sol
se transformar em flocos de cores infinitas.
Os homens voltarem pra casa de mãos vazias
a duvidarem do céu límpido que os cobria a pele crespa.
Em algumas estradas, furei meus pés ao tentar caminhar
por metros e metros em direção do que viesse , pelo tempo
que parava a cada pausa para eu respirar .
Vi muitos mitos se desvendarem quando boiei meu pensamento
Errei muitas pedras que atirei, na direção das comadres da natureza
Que de revide me mandava chuva pra lavar o rosto
Caía carambolas em minha cabeça , quando me abrigava na sombra
a boca seca a transbordar a saliva a cada mordida
Suas flores brancas e purpúreas, margeiam os caroços no chão
Numa breve parada , antes de retomar a procura de um caminho
no breu de algumas estradas.