A lágrima de amor é doce,
nela não naufragam os sonhos,
mesmo os que ela transforma
em imagem borradas,
de cenários em preto e branco...
E o coração...
Pobre coração, todo tímido,
ensimesmado, fica pensando
ser culpado por tamanha tristeza.
E a doce lágrima, nada diz,
nada conta, mas tudo sente...
Cansada da lida apenas se deixa
cair do precipício dos olhos, 
em um suicídio poético, 
pois nada além disso esperam dela...
Pobre lágrima, mal sabe ela que
a farão renascer, milhares de vezes,
minuto a minuto, palavra a palavra.
Mas nem assim, ferida e magoada,
a lágrima detém o desabrochar de um
sorriso, mesmo que triste...


E magoada como ela, vou seguindo...
Ora chorando, ora sorrindo!

 
Loira Paulista
Enviado por Loira Paulista em 04/04/2014
Reeditado em 04/04/2014
Código do texto: T4755968
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