Fragmento 5: pra não deixar de dizer

Crença em valores,

Sem qualquer irreverência,

É crendice que engana,

Pela ingênua vivência.

Não desafoga,

Nem faz desaforo,

Pois, sempre se está a crer,

Na placidez da vivência.

Desaforo.

Desafogo.

Irreverência.

Desaforo.

Desafogo,

Em irreverência,

É pessoal e a ninguém faz,

Qualquer mal.

Somente nos faz viver,

Em posição de tensão,

Para que a ferocidade dos valores,

Não nos pegue de pés no chão.

Gosto de viver, por minha vez,

Não tensão irreverente.

Caminhando sem entrega e,

Também sem clara contestação,

Pois a isso que ao meio caminho,

Prefiro seguir fazendo sempre a sua desconstrução,

Numa vivência de borda,

Que tem o duvidar como ação.

Francisca de Assis Rocha Alves
Enviado por Francisca de Assis Rocha Alves em 05/04/2014
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