Ciclo da Felicidade

Estava lendo ''A morte de Schopenhauer'', quando a lembrança me trouxe uma frase. Recordo me que a reformulei após uma aula de História sobre Tomas Morus, a Utopia.

Comecei a imaginar uma sociedade perfeita, e segui o pensamento de Schopenhauer onde não há trabalho, labuta, tudo cresce sem necessidade de plantação, os pombos voam assados ao ponto... todos as nossas necessidades são supridas..... não há necessidade, não há um motivo para qual lutar...

Não precisamos trabalhar, estudar, consumir, não precisamos acreditar. As pessoas perfeitas irão aparecer no momento certo e não teremos dificuldades em conviver com elas. Qual será o resultado? As pessoas morreriam de tédio, sem sentido, sem motivo. Estrangulariam-se, enforcariam-se. Necessitamos lutar, sofrer, faz parte de nossa natureza. É por isso que a vida é um incansável ciclo de desejar, conseguir, desejar, conseguir. E volta-se para o ciclo.

Schopenhauer defende isso. É comprovado. Nunca somos felizes, sempre falta alguma coisa, que quando conseguimos, somos felizes por um momento, depois passamos para outro desejo, infelizes. E quando não conseguimos? Nos desapontamos, e viramos uma 'bomba-relógio'. Alguns recorrem a religião para satisfazer. Ou no bar.

Mas a questão não é ser feliz ou não ser feliz, pois a Felicidade é inexistente. A vida é o ''aqui e o agora'', o presente, que sempre some, desaparece, se acaba...

Nascer, brincar, chorar, sofrer, aprender, estudar, aprender, sofrer, chorar, trabalhar, apaixonar se, sofrer, desiludir, chorar, sorrir, aprender, conquistar.... conquistar, aprender, desejar, conseguir, consumir, desejar..... Este é o ciclo.

Amamos, odiamos.... enquanto a morte vem, rapidamente em nossa direção.. Então viva da melhor maneira possível, e não se esqueça '' Voce nunca vai saber o que realmente quer, estará sempre em busca de um novo horizonte'' e lembre não se perca, não viva a agitação, busque um sentido dentro de voce, não deixe que a essência desapareça, ''seja livre, aprecie, o milagre de ser'.'

Gabriela Melo
Enviado por Gabriela Melo em 06/04/2014
Reeditado em 20/03/2018
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