TEUS BRAÇOS MOLHADOS...
Escorria por ti um suor de Verão quente
Um brilho qual espelho que nos reflecte
Para os olhos era a ante câmara de um banquete
Para as mãos era um desejo consequente
Teus braços molhados como se fosse um rio
A caminho do mar sob o som da tua voz
Que faças de mim o termo da viagem, a tua foz
E deixes o meu corpo a tremer num arrepio
Que soem os sinos na igreja da aldeia
Que os lobos desçam à cidade em alcateia
Que se ouçam serenatas que nos deixem alterados
O suor que por ti corre e me leva à vibração
Altera-me o olhar que conduz a minha mão
E a leva a acariciar os teus braços molhados.