TEUS BRAÇOS MOLHADOS...

Escorria por ti um suor de Verão quente

Um brilho qual espelho que nos reflecte

Para os olhos era a ante câmara de um banquete

Para as mãos era um desejo consequente

Teus braços molhados como se fosse um rio

A caminho do mar sob o som da tua voz

Que faças de mim o termo da viagem, a tua foz

E deixes o meu corpo a tremer num arrepio

Que soem os sinos na igreja da aldeia

Que os lobos desçam à cidade em alcateia

Que se ouçam serenatas que nos deixem alterados

O suor que por ti corre e me leva à vibração

Altera-me o olhar que conduz a minha mão

E a leva a acariciar os teus braços molhados.

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 09/04/2014
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