Sobre flores e espinhos

 
Qual é a minha falta que gera o que falta para você?
Meus pecados, em tantas frentes, sopram os ventos das tempestades que inquietam o meu espírito.
Não me cobro, não me cubro de culpa, mas sinto a dor do preço.

A mudança que me persegue e me mostra sua fome
Também revela os meus erros e por fim, grita comigo.
Isenta de ira, mas com a espada em punho,
Põe em evidência minhas fraquezas e a minha inércia.

Em prol do amor se calam as vozes, os sentidos, os planos e até os agouros.
Faz-se porcelana do barro morto, porém.
Não é pesada a transmutação da alma e dos sonhos,
Antes, é dádiva que veio no momento certo no deserto e na agonia.

Qual é o meu valor que enriquece você?
Aprendizado em meio a espinhos e beijos doces e sinceros.
Eis o seu cálice,
Ora suave, ora cortante como a língua que não tem fim.

No plano do mundo há uma imagem...
Barco de velas brancas a flutuar no mar de calmaria
As tempestades virarão apenas páginas e livros.
Os sonhos, lembranças boas em dias de magia de lua.

Há porém letras escritas no meio de tudo.
Dedicação a Deus ou abdicação e descanso no seu abraço?
Qual é a sina?
Quem sabe a resposta é senhor de tudo.









 
Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 22/04/2014
Reeditado em 28/01/2015
Código do texto: T4778756
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