O natal acabou. Feliz coelho de páscoa.

Ao seguir para meu caminho à lan house e escrever neste blog, esbarrei com o Fepho - ou alguém muito parecido. Reconheci pela namorada. Acho que haviam voltado do cinema, mas a garota não havia se sensibilizado com o que havia visto. Achei bom os dois terem ido juntos, pois assim ele não teria medo de nada, mas fiquei triste também, pois quero muito ver o tal filme, e não tenho coragem de ir sozinha. Queria ir com alguém que conseguisse segurar a onda.

E ocorreu a mim coisas que ele disse...disse que algum dia encontrarei alguém que faça por mim o que ele faz por ela. E me lembrei, que na verdade amor é como o dinheiro: oferecido a quem menos precisa.

O time dos vencedores tem pouquíssimo amor. Muita traição, pouca confiança, muita dor, muito conflito. E o que é vencer?

Vencer não é necessariamente o palco iluminado do sonhos dos artistas, e talvez não seja a vida de popularidade com uma cama de casal na casa da mãe recebendo a namoradinha simpática quando lhe é conveniente. É claro que são coisas boas. Mas vencer é escolher o que se quer realmente, assumir isso e optar por isso. Lutar pelo que se quer e assumir as consequências da escolha. A escolha é decidida e certa por muitos motivos: prazer, amor, felicidade, lógica, sentido, inteligência. Nunca comodidade ou preconceito. E a vitória vêm quando o esforço dá certo.

Então a namoradinha, que deve ter uns 15 aninhos, toda imatura e boazinha falou que eu sou chata. É. Chato é uma gíria bem usada entre os pirralhos. Para estar do meu lado, querido, é necessário aceitar a chatice da dor. Então eu falei: chata é você! Que não dança, não canta, não geme gostoso e tem jeito de criança. E bloqueei ele no face. Fica assim uma amizade de natal. Eu tinha muito a dizer a ele, muita dor para curar. Mas ele preferiu andar de bicicleta. Deixa. Lembrei que o natal acabou e que neste momento estou de coelho da páscoa....né Nick? Né Greg? Né Luquinha....? E Frank, tá de pé???? Deixa que eu levanto então. E se pedirem de verdade, se a proposta fizer sentido, se for o que eu quero, eu digo sim, seja lá para quem for.

Ele olhou para mim e perguntou: "Wha'ts up?" Triste, com fome, com frio, com medo, sozinha....e contente apesar de tudo!

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As I went my way to the lan house to write on this blog, I bumped onto Fepho - or someone resembling to him. I recognized by the girlfriend. I think they had gone to the movies, but the girl hadn't got sensibilized with what she had seen. I thought it was good that they went together, because then he wouldn't be afraid of anything, but I was sad too, because I really wanted to see that movie and I don't have the courage to go alone. I wanted to go with someone who could hold my pieces together.

And it occurred to me things he said...he said that one day I would find someone who does for me what he does for her. And I remembered also that truly, love is alike money: usually offered to whom needs the less. The team of the winners has very little love. A lot of betrayal, little trust, a lot of pain, a lot of conflict. And what is it to win?

Winning is not necessarily the stage full of lights of the artists, and maybe it isn't the life of popularity with a double bed in your mother's house having the nice young girlfriend whenever it is convenient. Of course they are good things. But winning is choosing what you really want, to admit it and opt for it. It is struggling for what you want and take part upon the consequences of the choice. The choice is decided and correct for many reasons: pleasure, love, happiness, logic, if it makes sense, intelligence. Never commodity or prejudice. And the victory comes when the effort works.

So the young girlfriend, who is probably 15 years old, all immature and sweet said I am boring. Yep. Boring is a term very used among the brats. Honey, for you to be around me you must accept the boredom of pain. So I said: You are boring! You can't dance, can't sing, can't moan real good and looks like a kid. So I blocked him on the network. And this was my Christmas friendship. I had a lot to say to him, a lot of pain to share. But he chose to ride on a bike. Leave it be. I remebered too, that Christmas is over and that at this moment I am on an Easter bunny......right Nick? Right Greg? Right Lucas....? And Frank, is it up? Let me raise it then. And if they ask, if the proposal makes sense, if it is what I want, I will say yes, to whoever you are.

He looked at me and asked: "What's up?" Sad, hungry, cold, afraid, alone....and content after all!

Sushamana Tara Thai - SP