PNEU DE ESTEPE
Uma mulher compra um carro semi-novo.
Ela observa que ele tem pneus radiais.
Porém, sequer pensa qual o estado do estepe.
Ela sai pela estrada da vida, dirigindo e fazendo manobras arrojadas.
A estrada é longa e como o caminho é tranquilo, o que facilita.
Cavalo de pau, trezentos e sessenta, frenagens bruscas.
O tempo passa e de repente ela se vê obrigada a, dar mais atenção para a responsabilidade.
Ela então para o carro, olha para os pneus, e como se estivesse Conversando com ele diz:
Agora precisamos ter mais prudência, pois o peso da responsabilidade Bate a nossa porta.
O carro parado, e o pneu alí, imóvel. Mesmo assim ela continua a falar. Você vai aguentar toda essa pressão?
Sem obter respostas, é obvio, ele volta para o carro e continua sua viagem.
Alguns quilômetros à frente, a estrada fica turbulenta e uma chuva torrencial Começa a cair.
Na primeira curva da estrada o pneu, que ela achava forte, robusto e resistente, Estoura, deixando-a naquele fim de mundo, no meio do nada, a mercê da chuva.
Depois de algum tempo a chuva passa, então ela desce do carro, olha para o pneu, Alí estourado. Mas parecia tão forte, mas não aguentou a pressão. Aí então ela abre O porta-malas e vê ali no fundo o menos presado pneu de estepe.
Ele ali parecendo que queria dizer algo, como por exemplo: Olha, eu estou aqui e te levo para onde você quiser.
Ela então retira o pneu do porta malas e o coloca no carro para rodar. Ela mesmo assim, meio sem a menor confiança naquele pneu, que sequer era radial, e já estava um pouco Usado.
Ela agora mesmo a estrada estando seca e mais tranquila jamais pensou em fazer qualquer manobra arrojada. Se aquele pneu novinho radial não aguentou, imagine esse, que nem é um pneu radial!
Sem a menor chance de se arriscar.
Mas aquele pneu de estepe, foi rodando e rodando, e a cada determinado tempo ela lembrava
Das manobras e dizia: Aquele pneu radial não valia nada, mas me deu a maior alegria de minha vida.
Quando ela dizia isto, parecia que o pneu de estepe que agora estava rodando murchava e se reerguia novamente.
O tempo ia passando e quanto mais passava, aquele pneu de estepe parecia que ao invés de se desgastar ia se solidificando, ficando mais estável.
Mas durante a viagem, várias vezes ela repetia a mesma frase, e sempre parecia que o estepe entendia, murchava e se reerguia novamente.
Quando aquele pneu de estepe já estava com quase 48.000 kilômetros ela pensou em fazer algumas manobras arrojadas, mas neste mesmo momento, a luz da responsabilidade veio a tona, pois a estrada já estava cheia, em meio a uma travessia por uma grande cidade, o que já não permitia mais manobras arriscadas.
No entanto por mais que o pneu de estepe esteja aguentando, ele sempre será o pneu de estepe, e que não deu grandes emoções, e alegrias inesquecíveis, como o pneu radial.
Ser um pneu de estepe, não importa o que ele aguente, será sempre sem real importância, a menos que estoure.