Fronteiras

Meu corpo tem limites

Tem fronteiras que a alma determina

E as fronteiras de mim são explícitas e imutáveis

Não que eu não queira ceder territórios

Ou baixar a guarda da torre de vigília...

A sentinela de meu eu é intransigente

Ela ensina-me que respeito é mais que instinto

Que vontade é coisa que dá e passa

E quando passa, elimina o desatino...

Tais fronteiras que determinam meu agir

Informam até onde posso ir

E o que não ultrapassar

Talvez até digam que é medo de arriscar.

Mas não quero mais dormir

E acordar em sobressalto

Tendo meu quarto revirado pelo arteiro cupido

Nem meu leito sendo abrigo para o aventureiro Don Juan,

Que despertando pela manhã

Procure sempre novas ilhas para conquistar

Novas musas para amar

Esfaimado de amor e de paixão.

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 07/06/2014
Reeditado em 09/06/2014
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