Pressão nos Ouvidos
Pressinto a avalanche,a fúria e a insensatez...
Prevejo a desordem,injustiça e o amor se desfez.
Mas ouço uma voz, aquela velha cantiga...
que diz sobre as paginas borradas,e as falas erradas,
são somente chagas imaturas...o prelúdio do amanhecer...
vai arborescer novamente, e o ciclo recomeça sem festa e
sem pressa...
Revesti-me de força,ainda que o destino é desatino,desatei a lapela,recuperei o folego e soprei aos
ventos a parcela de culpa.
Cantei ao desalento,o meu talento de se dissipar, deixei
a maré levar.. o gosto amargo de te idealizar...
Mas se acaso o nosso caso fosse reciproco ?
Me perguntei varias vezes nas noites de inicio...
Cansei do cansaço,descaso,da sinfônica pressão nos
ouvidos.