FOI PARA ISSO?

NA MANHÃ DE 20 DE JUNHO DE 2014

Como acabou por se revelar terrível o dia em que te conheci, pelas mãos de uma amiga querida, instrumento inocente do que se nos revelaria tão espantoso, tão absolutamente inacreditável destino.

Foi para isso que nos conhecemos? Há... 25 séculos? Foi para isso?

Olho meu rosto, olho teu rosto, olho o rosto dos que se perderam conosco, por causa desse sentimento irremediável, irreversível e desde sempre sem saídas para os caminhos da vida, para os caminhos na vida, e tremo desde as raízes da minha eternidade nesta existência tão simulacro de si mesma.

Foi para isso? Por quê? Para mais nada além disso? Até o fim dos dias de nós todos? Para essa crucificação coletiva sem fim e sem sentido?

Para mais nada além disso, Deus dos Aflitos?

Tomara haja algum Deus que saiba as respostas. Que Ele o saiba, porque nós todos... nenhum de nós nada nunca jamais compreendemos nada nunca jamais nesta sobrevida... nesta sobrevida... sobrevida... sobrevida... sobrevida...

Hoje, nem esquecer nos serviria mais... nem esquecer nos serviria mais, a nenhum de nós... Nem esquecer...

Escrevo... escrevo ainda... para manter, ainda, a sanidade possível de manter.