Malditos como somos
Seja cedo ou tarde quando isso vai mudar?
Quando as explosões que liberam tantos estilhaços vão parar de me sufocar por dentro?
Estou cansado de ser uma peça de manifestação do meu meio, quero ser mais! Quero ser mais! Quero ser mais que eu! Quero ser mais que ser!
Não quero que o acumulo dos outros pesem em minhas costas.
De novo! Não quero ser a manifestação dessa sujeira, desse rio sangue que foi derramado para que tudo chegasse a esse ponto.
E que ponto! Algo desgraçado, algo nojento Algo sem base de argumento,
digamos a verdade, o que justifica todo esse sangue em nossas mãos?
Em nossas mãos temos o sangue daqueles que morreram por esse tempo, porque sempre, desde que o ser é ser, a história é passado e a genética nos destituiu nossas características, desde que o mundo é mundo e o homem cobiça, tudo é motivo de batalhas, guerras, desavenças, incoerência.
Chega!
Desisto de nós a única coisa que sabemos fazer é dar nosso melhor para derramar sangue cada vez mais.