Gafanhotos
Eu os vejo, imundos
A corja humana que a tanto odiamos
Eu os vejo, escória
Guiados por um ser cego e surdo pelo qual foram abandonados
Eu os vejo, gafanhotos
Uma praga não pode simplesmente deixar de consumir
E na alvorada sombria vocês gritam...
Irão gritar!
Como feras que se tornaram, perdidos, maculados
Queimando vivos e sem rumo no deserto cinzento
Como podem?
Como se olham no espelho?
Como se sentem ao ver inocentes em chamas
Eu os vejo...
Vocês que julgam, matam, consomem
Vocês que torturam, perseguem, monopolizam
Vocês que rezam e põe suas cabeças no travesseiro como se nada tivesse existido