Uma via de mão única

Uma via de mão única

Sempre que ajudo uma pessoa, não é para receber alguma coisa em troca.

Isso seria falsidade da minha parte, e não seria justo comigo mesma.

Faço o que puder por outros, sem pensar, apenas faço.

Quando sou eu a precisar de ajuda, sempre aparece anjos estranhos em meu auxilio.

Mas o difícil, é sentir a indiferença e o rancor de pessoas que ajudo e apóio.

Não peço colo, mas as vezes eu também preciso.

Sou mulher, sou forte, mas me vejo em situações que não busquei.

Situações impostas a mim, talvez por ter siso compreensiva demais.

Me vejo em situações de extremo perigo, simplesmente por ter sido submissa e bondosa.

E nessas ocasiões, quando se ajuda a todos, o mínimo esperado, seria uma atitude de apoio, mesmo que somente palavras, mas nunca hostilidade.

Sei que já ouvi frase do tipo, não te prometi nada, ou... eu avisei, ou... não gosto de me envolver...

Mas seria tão difícil estender a mão?

Ou tão somente me apoiar, me ajudar num momento de crise?

Eu não sou de ferro.

Eu tenho medo.

Não sou auto suficiente...

Eu choro e me machuco por dentro, quando o que recebo é cara feia em troca.

Entenda, sou mulher, sou forte por tudo o que já vivi, mas tenho crises, tenho sentimentos...

Muitas vezes, me fiz de forte, para te ajudar...

Mas se te peço ajuda é porque estou realmente necessitada.

Não me negue uma mão amiga.

Não me faça me humilhar mais do que já me humilhei.

Se te peço, é por extrema necessidade.

Tenho orgulho e te pedir ajuda me custa muito.

Mas estou cansada de fazer tudo e não receber pelo menos o teu apoio.

Me dói mais a tua indiferença, do que a situação mais perigosa...

Regina Guarnieri
Enviado por Regina Guarnieri em 13/08/2014
Código do texto: T4920757
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