Existência paradoxal

Há dias que me encontro preso em meio a um sentimento estranho... Parece que nada é real, apenas esse sentimento incomodo de insatisfação, como se nada preenche-se aquilo que chamo de minha real natureza. Chego a questionar o que é vida, quem sou eu... Me perco na complexidade e na infinitude de meus pensamentos, onde o passado é o presente e o presente passa ser tomado por dúvidas em relação ao futuro.

Em minha introspecção olho para o reflexo da minha vida, ela parece tão simples... apenas um conjunto de retalhos, momentos de lágrimas que são transpassados pelos de alegria, momentos de tristeza intercalados com momentos de satisfação... Mas olho mais atentamente e novamente me perco na complexidade de seus significados, sonhos, memórias, reflexões, inúmeros elementos em cadeia que formam uma estrutura sólida como um diamante, mas tão frágil como vidro. Alguns momentos ela parece tão leve, em outro um grande fardo pesado, como é difícil entendê-la... Como é difícil nos entender... Dizem que através do que nela vemos, podemos compreender aquele que somos. Será mesmo?

Durante nossa vida encontramos inúmeros rostos, pessoas que ficam ou passam pela gente, mesmo que não percebamos, elas deixam marcas, fragmentos de sua curta existência em nós assim como deixamos nelas. Essa simbiose contribui para quem somos, se isso nos define? Isso não posso dizer...

Ah, esses dias... Tão calmos, mas que deixam nossa alma tão turbulenta. Ah.. esses dias que nos tentam deixar a mente por respostas aflita... Ah, esses dias onde tentamos acha um sentido, um significado, uma definição para nossa existência... tão cheia de significados e contradições, presa em um verdadeiro paradoxo, um paradoxo chamado vida...