I'll Be Your Mirror

Até ocorrido, já era certo a linha traçada.

Dormir, acordar, comer trabalhar. Sobrando tempo, por que não namorar. A essa altura dos acontecimentos, digo, o fim da tida era balzaquiana, onde sonhos se tornam flamulas, era coisa certa. Dúvidas, não havia ao menos para mim, até ali. Foi após um surto, onde desmembrados os sentidos, que o que era concreto, tem suas primeiras oscilações , bambeando como corda inereta. Fragmentada estava. Um mundo novo obsoleto secou em ideias vazias. Surpreendida, gritaram: Cheque mate! Era a vida com toda sua lascívia me aborrecendo. Sem força, fragilizada pelo tempo, fui arrastada entre cacos de ideais. Na dor do golpe, bruscamente pelo queixo, sou erguida. Obrigada a olhar o que esta a frente. Um espelho. Vejo partes de nada. Um quebra cabeça que não quero terminar. O sádico algoz me observava irônico e conciso á agonia estampada na minha face. Mas daquilo que eu achando ser o fim, sussurrava em meu ouvido, comprimindo meu rosto contra o espelho, sobre os tempos e dias. Peço que me solte. Pare com toda aquela lamuria em cantoria. Lenta e apocalipticamente naquele momento morria em suas mãos, vários eus, meus. “e sem que se perceba, a gente se encontra pra uma outra folia”

Titulo: Velvet Undergrond

Canção do algoz: trecho de "Agonia" de Oswaldo Montenegro

Na escrita: eu, en(dose)cida de cevada

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 21/08/2014
Código do texto: T4931740
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