LIBERDADE



 
     Madre Teresa de Calcutá... Leila Diniz... Simone de Beauvoir (...) foram mulheres livres, cada qual a seu modo. Escolheram o modo de viver e os compromissos exigidos pelas necessidades e exigências do seu próprio ser. Não vou entrar aqui em questões de critério de valor. Não importa a escolha que se faça, importa que se tenha o direito de fazer escolhas. Para mim, liberdade é isso. Claro, há os que têm apenas a escolha de aceitarem de bom grado, o bom grado que seja possível a cada um, a vida que o destino ou o karma, para quem prefira tais termos (...), um inescapável imperativo de honra ou/e outras razões, lhe tenha sido imposta. A isso se pode também chamar liberdade, mas, a meu ver, liberdade condicional (para além do conceito e da prática por determinação jurídica, com certo toque de melancólica ironia de cunho muito particular) o que, em última análise, confere certa impropriedade conceitual ao termo.
     Liberdade... Prefiro ficar, para meu próprio uso "definitório", com o que Clarice Lispector diz, segundo a  imagem que ilustra esta minha breve, aberta, mais do que insuficiente tentativa de definição do que seja ... liberdade.