A FLOR DE LÓTUS
A flor de lótus brota do lodo, todos sabemos. Quando estivermos mergulhados no lodo dos pensamentos sem alento, na ausência de alegria e em muitas mais ausências, bem como mergulhados em presenças melancólicas como as da desmesurada inércia perante nós mesmos e perante nossa própria vida, tentemos nos lembrar, assim imersos em Solidão tamanha, da lição que nos é dada pela flor de lótus para, mirando-nos em seu exemplo – no exemplo dela, flor de lótus - mesmo que de passo mínimo em passo mínimo, possamos começar a busca pela transmutação dos nossos pensamentos, dos nossos silêncios, das nossas palavras, dos nossos atos; possamos começar a busca pela vivificação das cores e do brilho em cada uma das pétalas do nosso coração.
Um dia ainda haveremos de emergir inteiros, do lodo de nós mesmos, das sombras presentes em nosso umbral e do espaço a que nos recolhemos, ninho nem um pouco reconfortante, ninho de nossas serpentes interiores. Miremo-nos no exemplo da flor de lótus. Miremo-nos nela todos, tantos amados companheiros de Solidão, principalmente quando esta nos esteja semelhando caminho sem retorno, sem mais possibilidades de remissão. Miremo-nos todos, caríssimos, no exemplo da flor de lótus. Miremo-nos, todos e cada um.
Um dia ainda haveremos de emergir inteiros, do lodo de nós mesmos, das sombras presentes em nosso umbral e do espaço a que nos recolhemos, ninho nem um pouco reconfortante, ninho de nossas serpentes interiores. Miremo-nos no exemplo da flor de lótus. Miremo-nos nela todos, tantos amados companheiros de Solidão, principalmente quando esta nos esteja semelhando caminho sem retorno, sem mais possibilidades de remissão. Miremo-nos todos, caríssimos, no exemplo da flor de lótus. Miremo-nos, todos e cada um.
REPUBLICAÇÃO COM ALTERAÇÕES, NA DATA DE HOJE.