O HOMEM E O SEU PENSAR
 
Penso que a capacidade reflexiva do homem é, de certo modo, voltada para as coisas efêmeras, embora ele, na maioria das vezes, consiga, na sua conversão para a prática oral, traduzi-la de uma forma que ela se sinta comprometida com as causas sociais e/ou com os valores morais que regem uma sociedade. Se não fosse assim, como seria então dividir essa dicotomia do sagrado e do profano? Ora, se o profano representa a imperfeição através da matéria e está quase sempre aliada à alma, através dos desejos e prazeres enviados através de seu corpo, então não é difícil entender que o espírito se sinta, na maioria das vezes, isolado na sua natureza divina e apenas assista (e faça prece) aos desmandos de pensamentos impuros daquele que tem vida finita e que – talvez –, por isso mesmo, não se abstenha de se utilizar de suas complexidades desvirtuadas para justificar a sua condição de ser imperfeito, que julga, condena e age primeiro simplesmente para não ser julgado. É, na verdade, o mecanismo de defesa que é acionado para abonar aquilo que está na sua origem e é comumente chamada de índole má.



Imagem da Web
Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 04/09/2014
Código do texto: T4949676
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.