O que é Felicidade?

Vivo numa época de completo desequilíbrio mental, meu, seu, nosso, de todos.

As pessoas estão se perdendo mais do que antes, e o pior é que ninguém parece se preocupar com isso. É um total desequilíbrio de valores, de amores, de desejos.

Felicidade é confundida com vontades realizadas e desejos sanados por qualquer coisa externa. E isso é o que me assusta. Porque se é externo, quer dizer que precisa-se de uma segunda pessoa. E se precisa de outra pessoa, haverá expectativa e consequentemente a decepção, porque ninguém em qualquer lugar de todo o universo será do jeito que queremos. Caso alguém queira uma projeção perfeita, que realize todas as suas vontades e que nunca erre ao menos umas 30 vezes, sugiro que fabriquem um robô.

Felicidade é aquilo que vem de dentro de você. É a satisfação consigo mesmo. É perceber que o amor começa em você se olhar no espelho e gostar do que vê, gostar da sua presença num domingo chuvoso e rir sozinha do próprio jeito atrapalhado de ser.

Ninguém encontra outra pessoa para se completarem. Esqueça o Príncipe e a Princesa. Você já nasceu completo! Essa luz e toda energia estampado na sua epiderme serve para você doar e receber de outras pessoas.

De uma maneira mais Piegas, você nasceu para ter alguém que caminhe contigo. Para compartilhar seu mundo com o outro que queira semear, plantar e colher sementes de sabedoria, amor e respeito. Não só para com os dois, e sim, com o mundo todo fazendo dele um lugar melhor.

A vida é realmente difícil. É um mundo injusto e podre. Mas não consigo deixar de perguntar "por quê?". Por que as pessoas fazem tanto mal uma às outras e a si mesmo, se o bem é tão mais bonito e justo?

Matutando dias e noites e passando por experiências dolorosas e necessárias, cheguei a essa conclusão estranha e curiosa. Falta amor próprio. Falta se amar primeiro.

É que nem qualquer pessoa dar aula. Como conseguirá ensinar os outros se não contém o conhecimento básico das atividades a serem dadas?

Como alguém pode amar outro ser, se não primeiro se amou? Como pode aceitar todos os defeitos do outro, se os seus você nem mesmo enxerga?

Pessoas passam tanto tempo estudando tantas e tantas coisas, que esquecem que é mais do que necessário estudar a própria mente e colocá-la em paz.

O equilíbrio é essencial para que a felicidade reine em nossos corpos. E sei que ainda não cheguei nem aos 10% de entender todo esse nosso mundo do avesso. Mas já entendi que a mudança começa em mim, e que a felicidade genuína só eu posso me dar.

Quando passamos a entender isso, os problemas ficam menos pesados e o corpo até mais leve.

Boa reflexão para você, caro leitor(a).

Angélica Stigliano
Enviado por Angélica Stigliano em 28/09/2014
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