Será que sabemos?
Por que as pessoas estão sempre pedindo paciência, se deveriam estar agradecendo pela saúde,
Se deveriam olhar um instante pela janela de sua ignorância, que estranha o próprio estado,
Que não vive a existência como sendo justa, que sente inveja e que mente,
Engana a si mesmo. E que por um acaso esquece dos famintos de pão e água, sedentos pelo sabor,
De no mínimo um mero pedaço de vida...
Por que abaixamos a cabeça quando alguém nos calunia, e nos proferem difamações,
Se poderíamos erguê-la para cima de onde os olhos da observância revelam sua ordem,
De tal forma esta que nos tornamos criaturas distintas, nos edificamos quando abatidos,
Nos cristalizamos, colocamos em nosso lado o espirito de uma força que não é danosa,
Que marca o homem que fere é é ferido, desta robustez nada será escondido, sequer oculto eu digo.
Por que tentamos mudar o mundo com nossas crises, sendo elas o motivo essencial,
O ser humano é incapaz de questionar seu ímpeto, julgar-se, e isso não é mera antipatia minha;
Deus não quer nossa precariedade como seres, mas que de algo produtivo nos aproveitemos,
Que nos afastemos do mal, que nos conscientizemos, e isso eu reflito no sentido amigável de vós ser,
Pois do que vale tanta reclamação se no fim teremos que rever nossos conceitos e materializá-los...
No fundo a vida é uma etapa não aceita no passado, ou simplesmete não planejada, e isso é constante,
Pensamos que talvez o futuro seja o nosso alicerce hoje, na verdade a casa ja caiu abaixo há muito tempo,
Então passamos a vida inteira recolhendo pedaços, mudando retratos de lugar, arrastando os móveis, e riscando o nosso chão;
Consertando tudo aquilo que nunca precisou, quebrando a cabeça para resolver problemas instáveis, de formas medíocres,
E eu ainda insisto em desenvolver formas tolas, que apenas são minhas penas... são abstratos, são mitos, poemas.