Romantismo

Ouvindo a canção Iolanda, de Chico Buarque divaguei.Deu até vontade de me vestir de poesia.Puro romantismo.Mas por falar nisso, por onde será que se perdeu o romantismo, aquela coisa dos olhos ficarem brilhantes ao ver a pessoa amada?Ou então, a voz ofegante, o gesto sublime de entregar uma flor carinhosamente, a conversa agradavel no colo do tempo que era passado sem ser percebido.Ah, coisa boa receber um verso apaixonado em cada beijo, um poema bobo depois do abraço, só para virar uma saudade gostosa depois.Não sei por onde anda o romantismo, aquele em em que as palavras de amor, eram suaves, cheias de encantamento nos olhos um do outro. Sonhos românticos, cheios de juras de amor.Bem, realmente, não sei.Mas quem faz das longas horas, uma solidão acompanhada de poesia, provavelmente, vez por outra, escorrega em algum verso romântico, nem que seja de momentos vividos algum dia, em algum lugar no passado.As vezes uma bela canção nos serve lembranças do que foi, ou do que poderia ter sido.Daí, o romantismo acena.E quando estamos sozinhos sem ninguém para conversar, para amar, nos jogamos nos braços do tempo,escrevemos, lemos, divagamos, ou fazemos qualquer coisa que preencha alguma lacuna vazia que ficou em nós.Particularmente, tem horas que fico imaginando se algum dia ainda viverei uma grande paixão, um grande amor e se ainda permanecerei uma romântica carinhosa.Também não sei. Chega um tempo na vida em que optamos pela naturalidade das coisas, um amor maduro, talvez.Enquanto este encanto não chega, vou me apaixonando pela vida.

Antonia Zilma
Enviado por Antonia Zilma em 04/10/2014
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