Doce

O dia mal começa e como num torpedo, anuncia a maldita ressaca. Pensei que me desintegraria, ah! Essa claridade que vem confundir minhas vistas. Como gatuno quer me cegar. Olho em volta ao alto. Há uma promessa a céu aberto.

Com um sorriso no canto da boca, faço força para o que me é lembrança, venha desanuviar o estado lastimável que me encontro indo trabalhar.

Estou próxima a esquina da rua onde moro. procuro refúgio do sol, que penetrando minha pele, tenho a sensação de que vou evaporar. Dizem que no período matutino, nos igualamos aos anjos. Pensamentos claros, límpidos. Tenho minhas ressalvas, diante a ressaca de uma noite alucinatrix.

O sol esta de rachar, o ramo imobiliário tem seu ápice, "melhor concreto a florestas". E, eu aqui, largada diante essa caldeira. Estou num pesadelo, só pode ser. Ainda não acordei. Nessa angustia da transição da noite para o dia, lembro de um belo jogador a quem me deparei. Diz-se valente, quem não tem medo de se arriscar.

A conquista do mundo é destinada para quem não sabe administrar. Essa frase fez sentindo ao verem homens duelar. Por hora permaneço no ponto, aguardando o ônibus.

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 11/10/2014
Reeditado em 25/03/2017
Código do texto: T4995554
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