Eu sou a Morte

Hiato

Os meus ossos se distorcem e contorcem diante do assombro de meus sonhos fantasmas...

sentado a beira de um riacho,agraciei-a nê um velho copo de conhaque,

contando os passos até a queda d'água,

as mãos estão frias tal como as do destino ,

a morte me abraça como manto de deleite.

Me dediquei de corpo e alma,e as palavras só me tornaram um poço de

visões superficiais.

A guilhotina, a corda e o precipício, são o peso do mundo em meus ombros,

e sobrevivo entre os escombros de meus desatinos.

Eu tenho cicatrizes diante das raízes que tive de arrancar,sombras que me perseguem,

lapsos e fragmentos de memórias que tento ocultar.

Este não é um relato de fraqueza, mas a certeza de atingir meu ápice ,

e libertar-me de quaisquer vestígios que me apenavam,

Deixo o escuro tornar-me onipresença...

DLV
Enviado por DLV em 26/10/2014
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