Eu sou a Morte
Hiato
Os meus ossos se distorcem e contorcem diante do assombro de meus sonhos fantasmas...
sentado a beira de um riacho,agraciei-a nê um velho copo de conhaque,
contando os passos até a queda d'água,
as mãos estão frias tal como as do destino ,
a morte me abraça como manto de deleite.
Me dediquei de corpo e alma,e as palavras só me tornaram um poço de
visões superficiais.
A guilhotina, a corda e o precipício, são o peso do mundo em meus ombros,
e sobrevivo entre os escombros de meus desatinos.
Eu tenho cicatrizes diante das raízes que tive de arrancar,sombras que me perseguem,
lapsos e fragmentos de memórias que tento ocultar.
Este não é um relato de fraqueza, mas a certeza de atingir meu ápice ,
e libertar-me de quaisquer vestígios que me apenavam,
Deixo o escuro tornar-me onipresença...