Pseudônimo
Acordou no meio da noite, entre risos e lágrimas.
Assustada, emocionada.
Procurando algo que pudesse aquecê-la do frio, percebeu que não estava sozinha.
Desenhou na escuridão o reflexo da sua alma.
Arrepiou-se ao sentir a respiração contínua, presente. Quente!
Ela era real!
Saíra das suas estranhezas, dos seus rascunhos, do seu bloco de notas.
Fugira dos seus pensamentos e estava ali: admirando-a.
Ela tinha voz, cheiro, cor e toque.
Era ela, sim!
"Olá, querida Valentine!"
(...)
Valentine De Marco.
Agora sim!
A terceira pessoa virou um ser singular.
Antes o simples “ela”, não tinha nome, nem sobrenome.
Agora ela tem tudo!
Ela respira, ela tem vida!