A chuva

Se o superficial então é linha pétrea

E a pedra, opinião geral

Desafio da lógica

E o acordo, unilateral

Sem nem o suspiro do moribundo

E o que é beleza e magia

Não gera mais poesia

Ou, pelo menos, aquela, cujo conceito umedecia

Quero mais é o WO

Que evita humilhação, dor e histeria

E só garante o reino do conforto do leito

Com canetas, papéis ou tecnologia

Mas que eu tenha certeza que esculpo aqui a sensibilidade que alivia

Ainda que fruto do prazer de sentir o cheiro da chuva (presente ou não)

Ou de alguma utopia